PESQUISA EXCLUSIVA: 89% DOS MÚSICOS TIVERAM PERDAS COM A PANDEMIA EM 2021
Escrito por.Direto da Redação on 12 de janeiro de 2022
Segunda edição do estudo “Músicos/as & Pandemia”, realizado pela UBC em parceria com a ESPM, mostra impacto no setor musical
Pelo segundo ano consecutivo, a UBC e o cRio, o think tank da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), realizaram a pesquisa “Músicos/as & Pandemia”. O levantamento traz um diagnóstico atualizado de como a pandemia de Covid-19 afetou o mercado musical no Brasil. Os resultados, assim como em 2020, traduzem o tamanho do impacto.
A pesquisa ouviu 611 músicos e 37 empresas ligadas ao setor. Entre os artistas, 89% afirmaram que passaram a ganhar menos dinheiro durante a pandemia. O dado representa um aumento em relação a 2020, quando 86% alegaram ter sofrido perdas. A pesquisa tem margem de erro de cinco pontos e ouviu representantes de todos os estados brasileiros.
O perfil dos profissionais ouvidos, condizente com a média nacional no mercado da música, é majoritariamente de homens (84%), de 31 a 50 anos (57%) e com ensino médio (32%) ou superior (27%). Autores, instrumentistas, cantores e produtores são os profissionais mais comuns da cadeia produtiva, e a faixa de renda mínima que eles disseram necessitar para se manter varia entre R$ 2 mil (18%) e R$ 3 mil (18%). No entanto, 19% afirmaram precisar arrecadar mais de R$ 5 mil mensalmente. Entre todos os entrevistados, 46% trabalham unicamente com a música.
Sandra Sanches, diretora do cRio ESPM, destaca a importância do estudo para as questões que envolvem o setor musical brasileiro, um dos mais importantes da economia criativa:
“Os dados da pesquisa mostram que a pandemia criou inúmeros desafios para o crescimento do país e reforçam a necessidade de se pensar em soluções para a área”, diz Sanches. “O cRio ESPM, em parceria com a UBC, tem promovido diversos debates para contribuir com o desenvolvimento da atividade socioeconômica do Rio de Janeiro.”
Além dos artistas, a crise atingiu os mais diversos elos da cadeia produtiva do setor. Entre as empresas ouvidas pela pesquisa, 40% não demitiram funcionários desde o início do isolamento social, mas 33% tiveram que diminuir os salários dos colaboradores neste mesmo período…
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