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Os shows do Grammy 2023: g1 lista TODAS as performances da premiação (da pior à melhor) - Rádio Solar Brasil

Os shows do Grammy 2023: g1 lista TODAS as performances da premiação (da pior à melhor)

Escrito por on 7 de fevereiro de 2023

G1 – Lizzo, Bad Bunny e homenagem aos 50 anos do hip hop foram destaques. Veja lista e leia breves reviews das apresentações durante a premiação. Noite teve Beyoncé recordista e Anitta indicada.

Além do recorde de Beyoncé e das vitórias de Lizzo, Adele e Harry Styles, o Grammy teve performances dos principais concorrentes. A maior premiação americana da música anunciou os vencedores da edição de 2023 neste domingo (5), em Los Angeles.

Abaixo, o g1 lista as performances (da pior à melhor) e faz breves reviews.

Como foi o Grammy?
Beyoncé se tornou a maior vencedora de todos os tempos. Ela chegou a 32 prêmios e superou a marca anterior de 31 estatuetas do maestro Georg Solti. Porém, ela não ganhou nas categorias principais neste ano. Elas foram bem divididas. Harry Styles levou álbum do ano. Lizzo ficou com gravação do ano, e Bonnie Raitt, música do ano. Anitta estava indicada a revelação, mas o prêmio ficou com a cantora de jazz Samara Joy.

Luke Combs

Estreante na premiação, Luke Combs cantou “Going, Going, Gone”. O cantor de 32 anos perdeu o prêmio de álbum country para Willie Nelson. Se ele é o futuro da música country hoje, então está complicado. Ele não traz nada de novo ao estilo, com boa voz empostada e postura sisuda.

Harry Styles

Harry Styles canta no Grammy 2023 — Foto: REUTERS/Mario Anzuoni

Harry Styles canta no Grammy 2023 — Foto: REUTERS/Mario Anzuoni

A performance do carismático cantor inglês foi bonita visualmente: do figurino platinado esvoaçante às interações com os dançarinos. No quesito voz, porém, Harry Styles ficou devendo ao cantar seu megahit “As it was”, bom pop retrô delicinha e uma das mais ouvidas no mundo em 2022. Ele não cantou várias partes que exigem mais da voz e em outras optou por um registro mais grave e falado.

Kacey Musgraves, Quavo e Sheryl Crow

O tributo aos artistas mortos nos últimos meses foi protocolar. Kacey Musgraves tocou “Coal Miner’s Daughter”, cantada e composta pela estrela country Loretta Lynn (1960-2022). A versão cristalina foi seguida pela performance de Quavo. O rapper foi escalado por conta da morte do colega do trio Migos, o rapper Takeoff. A parte dele foi fechada por uma versão com autotune e emoção de “See you again”, trilha de “Velozes e Furiosos”. Sheryl Crow se apresentou com Bonnie Raitt e Mick Fleetwood, em homenagem a Christine Mcvie (que era do Fleetwood Mac). Fotos de Erasmo Carlos e Gal Costa apareceram no telão, em uma sequência que teve nomes como Jeff Beck e David Crosby.

DJ Khaled, Jay-Z, Lil Wayne, Rick Ross, John Legend e Fridayy

O encerramento do Grammy foi solene, com uma versão intensa de “God Did”. Conhecido por aglutinar talentos, o DJ e produtor americano Khaled comandou um time de peso, cantando uma balada sobre acreditar nos próprios sonhos com letra que cita o nome de Deus pouco menos de 50 vezes. A performance teve jeitão de fim de festa. Ou de culto.

Brandi Carlile

Catherine Shepherd e Brandi Carlile beijam no Grammy 2022 — Foto: Angela Weiss/AFP

Catherine Shepherd e Brandi Carlile beijam no Grammy 2022 — Foto: Angela Weiss/AFP

Ganhadora de dois prêmios de rock na pré-cerimônia, Brandi Carlile entregou uma performance certinha que pouco fez lembrar do country com o qual ela era mais associada. A cantora americana de 41 anos mostrou um pop rock bem tocado, bem cantado. A típica apresentação de meio de lista.

Kim Petras e Sam Smith

Kim Petras no Grammy 2023 — Foto: KEVIN WINTER / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP

Kim Petras no Grammy 2023 — Foto: KEVIN WINTER / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP

Primeira artista trans a ganhar o prêmio de Melhor performance pop de duo ou grupo, Kim Petras se apresentou com Sam Smith. Eles cantaram “Unholy”, em performance ao vivo melhor do que a de estúdio. Apresentados por Madonna, Kim e Sam fizeram um show com temática infernal, com luz vermelha e poses provocantes ao cantarem a música que chegou ao primeiro lugar nas paradas americanas.

Stevie Wonder e convidados

Stevie Wonder no Grammy 2023 — Foto: KEVIN WINTER / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP

Stevie Wonder no Grammy 2023 — Foto: KEVIN WINTER / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP

Stevie Wonder recebeu Smokey Robinson e o bluseiro Chris Stapleton para uma celebração à gravadora Motown. Fundada em 1959 na cidade americana de Detroit, ela ficou conhecida por ser um dos berços da soul music e do R&B, tendo revelado nomes como Wonder, Smokey, Jackson Five, Diana Ross e Marvin Gaye. A boa apresentação, no entanto, ficou um tanto aquém do legado da gravadora, com um medley rapidinho e seco.

Mary J. Blige

A cantora apresentou a balada soul “Good Morning Gorgeous”, que batiza o décimo-quarto álbum dela. Foi uma performance potente no estilo “só a voz importa”.

Steve Lacy

Uma das maiores surpresas nas paradas americanas em 2022, Steve Lacy cantou seu maior hit da carreira solo. “Bad Habit” é um soul alternativo levemente dançante. O integrante do grupo The Internet transpôs bem para o palco o som ouvido em estúdio, conhecido por camadas de pegada lo-fi (você está ouvindo e não sabe se aquele barulhinho sussurrado é da música ou não). Eficiente.

Bad Bunny

Bad Bunny canta no Grammy 2022 — Foto: KEVIN WINTER / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP

Bad Bunny canta no Grammy 2022 — Foto: KEVIN WINTER / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP

O rapper porto-riquenho Bad Bunny abriu o Grammy cantando “Después de la Playa”, enquanto caminhava no meio da plateia com sua típica serenidade. Acostumado a inserir sonoridades ao seu trapeton (uma mistura de trap e reggaeton), o cantor fechou a apresentação com uma parte dedicada à salsa. A coreografia com vários bailarinos botou até Taylor Swift para dançar. No final, deixou um recado curto, mas importante: “Viva a música latina.”

Lizzo

Lizzo fez valer o clichê “soltou a voz”. Ela cantou um pedacinho de “About Damn Time” e emendou com versão intensa de “Special”, na qual alongou sílabas, fez piruetas vocais e mostrou poder vocal digno de reality shows de calouros. Foi uma performance old school. Bom saber que cantoras também cantam. O prêmio de Melhor Gravação do Ano foi justo.

50 anos do hip hop

Tributo aos 50 anos do hip hop no Grammy 2023 — Foto: Chris Pizzello/Invision/AP

Tributo aos 50 anos do hip hop no Grammy 2023 — Foto: Chris Pizzello/Invision/AP

Foi como um festival de programação imbatível, pensada por Questlove, produtor e músico do Roots. Ficou difícil competir com um desfile de clássicos do estilo, de “The Message” (do Grandmaster Flash and the Furious Five) a “Hot in Here” (Nelly). Cada artista tinha poucos segundos para representar cada canção, porque o line-up era enorme: com gente como Big Boi, Busta Rhymes, De La Soul, DJ Jazzy Jeff, Missy Elliott, Future, Grandmaster Flash, Ice-T, Lil Baby, Lil Wayne, Method Man, Nelly, Public Enemy, Queen Latifah, Run-DMC, Salt-N-Pepa, DJ Spinderella, Scarface, Swizz Beatz e Too $hort. “Fomos do Bronx ao TikTok, para todo mundo”, resumiu LL Cool J, citando o bairro americano.


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