ARRECADAÇÃO DE CARNAVAL PODE SER 25% MAIOR QUE A DE 2021
Escrito por.Direto da Redação on 7 de março de 2022
Com folia de rua cancelada, bailes e festas podem gerar até R$ 6 milhões, diz Ecad
A disseminação da variante ômicron do coronavírus, que suspendeu a folia de rua em todas as principais cidades carnavalescas — Rio, Salvador, Recife, São Paulo, Olinda (PE), Ouro Preto e Diamantina (MG), Manaus e São Luiz do Paraitinga (SP) entre elas — fez prever mais um ano muito ruim para a arrecadação de direitos autorais relativos às músicas tocadas nos blocos e eventos. Mas a manutenção de parte das atividades em festas e bailes permitiu ao Ecad fazer uma projeção algo melhor para este ano, depois do grande tombo de 2021.
Para o segmento de carnaval — que inclui desfile de escolas de samba, bailes, festas e blocos —, o Ecad estima arrecadar cerca de R$ 6 milhões, o que representa uma queda de 62% em relação a 2020, último carnaval antes da chegada da pandemia ao Brasil, quando o montante foi de R$ 15,8 milhões nesse segmento. Porém, o valor de 2022 deve ser 25% maior que os R$ 4,8 milhões de 2021.
Além disso, a transferência da festa para abril em algumas cidades — inclusive com o desfile das escolas de samba do Grupo Especial do Rio previsto para os dias 23, 24 e 30 daquele mês na passarela da Avenida Marquês de Sapucaí —, acende a esperança de uma recuperação mais robusta ao longo dos próximos meses. Tudo, claro, dependerá da evolução da pandemia e de eventuais novos cancelamentos. As cifras de arrecadação você conhecerá através dos canais informativos da UBC.
Se os estilos musicais que embalam a festa são variadíssimos — com axé, forró, samba e até funk e sertanejo entre os mais populares —, as tradicionalíssimas marchinhas ainda continuam a fazer a cabeça dos foliões que lotam os crescentes blocos de São Paulo e, sobretudo, do Rio de Janeiro.
O Ecad fez um levantamento das mais tocadas nos desfiles de rua da capital fluminense nos cinco anos anteriores à pandemia, e só deram marchinhas no top 3 das músicas mais tocadas. Detalhe: todas elas com pelo menos quatro décadas de existência — as duas primeiras, lançadas há mais de 60 anos:
- “Me Dá Um Dinheiro Aí”, de autoria de Ivan Ferreira, Glauco Ferreira e Homero Ferreira.
- “Cachaça”, de autoria de Marinósio Filho, Heber Lobato, Lúcio de Castro e Mirabeau.
- “Maria Sapatão”, de autoria de João Roberto Kelly, Carlos, Chacrinha e Leleco.
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